O que o município do Rio de Janeiro tem feito pelas crianças de 0 a 6 anos de idade? Com esta provocação, mais de 200 pessoas, sobretudo conselheiros tutelares, autoridades e profissionais das áreas de saúde, educação e assistência social, lotaram o auditório da Universidade Veiga de Almeida (UVA) no dia 06 de fevereiro de 2018. O evento foi aberto por Carla Marize da Silva, presidente do Conselho Municipal de Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA-Rio). Para enfatizar a importância da primeira infância na pauta política da cidade do Rio de Janeiro, foi convidada a diretora presidente do Centro Internacional de Estudos e Pesquisas sobre a Infância (CIESPI/PUC-Rio), professora Irene Rizzini. Rizzini destacou a situação de crianças em contextos afetados pela pobreza e ambientes violentos e frisou a necessidade da implementação do Plano Municipal pela Primeira Infância (PMPI) no Rio.
Na sequência, houve a apresentação dos objetivos, eixos e atividades do Grupo de Trabalho de Implementação e Monitoramento do PMPI do CMDCA-Rio, que organizou o evento.
Antecedendo a apresentação de representantes dos três poderes atuantes no Rio, o representante do Fórum Popular do Orçamento, Bruno Lopes, sublinhou em sua fala os valores direcionados pela Prefeitura à primeira infância para 2018.
A conversa entre Judiciário, Legislativo e Executivo foi mediada pela pesquisadora do CIESPI/PUC-Rio e componente do GT, Renata Tavares. Representando o Legislativo estiveram presentes Célio Luparelli (DEM) e Leonel Brizola Neto (PSOL), respectivamente presidente e vice-presidente da Comissão dos Direitos da Criança da Câmara Municipal do Rio de Janeiro. O juiz Sérgio Luiz Ribeiro, coordenador judiciário de articulação das Varas da Infância, Juventude e Idoso (Cevij) apresentou ações e desafios do Judiciário para a primeira infância. O Poder Executivo foi representado na palestra da subsecretária de Planejamento e Resultados, Ana Carla Prado. O evento contou ainda com a palestra da coordenadora do Escritório do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) no Rio de Janeiro, Luciana Phebo.
“O Plano (PMPI) prima pela objetividade, com número limitado de ações, pensando em sua implementação. Para torná-lo realidade, apostamos na comunicação entre parlamentares, movimentos sociais e organizações da sociedade civil. Mesmo com a incerteza em relação aos rumos políticos do país, estamos vivendo um momento auspicioso” (Rizzini)